Para ti: mulher, mãe, profissional dedicada, o quanto investes em ti?
Desde os tempos de escola o quanto investiste em ti?
Não nas formações inerentes à tua função enquanto profissional. Não nos workshops relacionados com o teu bebé. Mas em explorar outras coisas: aquele curso de inglês que sempre quiseste fazer (ou outra língua qualquer); aquele curso de decoração, de escalada ou de mergulho; as aulas de yoga, aprender cake design ou outra qualquer coisa.
Quando terminei a faculdade achei que um dia iria fazer um mestrado, uma pós-graduação ou um MBA. Simplesmente porque sim. Porque se a minha realidade até ali era estudar então isso teria de fazer parte da minha vida.
Conforme o tempo passou e o “ter filhos” se aproximou só pensava como seria impossível conciliar estudos, aulas, testes, com uma carreira, gerir a casa e ainda filhos. Depois de 10 minutos à procura de uma pós-graduação lembro-me, sem culpas, de ter pensado “deixa estar, um dia”.
Uns anos mais tarde comecei a pôr o “pé em seara alheia”. Procurar saber mais em áreas que não eram a minha “área natural”. E eis que descubro não só a paixão por aprender, mais criatividade em diferentes áreas, uma capacidade de organização para conciliar tudo (e desta feita com 3 filhos).
Mas e o que é isto das “áreas naturais”? Nada. Coisas da nossa cabeça e da forma como o nosso sistema de ensino nos prepara para sermos uma coisa. Quando a realidade do mercado de trabalho e a realidade do que nos faz feliz por vezes não tem nada a ver com essa “área natural”. E o que está bem? Querer sempre aprender: exercitar a nossa massa cinzenta, descobrir coisas coisas. Porque o que me apaixona hoje não é igual ao que me apaixonava há 20 anos e nem o será daqui a outros 20.
Por isso não deixem para amanhã aquela coisa que gostava de aprender mas que vos parece “fora de contexto”. Pode ser a coisa que afinal vos vai dar novo contexto, nova motivação.
Pensem em vocês acima de tudo. Mas já agora aproveitem para dar o exemplo aos pequenos seres que andam por essas casas: aprender e aprender com gosto. Sempre.
E se penso hoje no tal MBA… não, agora não me faz qualquer sentido, mas um dia não sei.