“A saúde é um direito e não um negócio”.
É uma coisa mais ou menos assim que vejo num cartaz político todos os dias quando vou para o trabalho.
Confesso que não me lembro de que partido é. Não de um dos “maiores”. Do ponto de vista de marketing a mensagem não fica associada a uma marca (fica a dica para melhorarem a campanha ;)).
Mas fiquei com isto na cabeça: a saúde será mesmo (só) um direito?
Sim, a saúde é um direito. Todos devem ter direito aos melhores cuidados de saúde.
e Sim, a saúde é um negócio. Como tudo, se queremos “melhores” cuidados (não necessariamente com mais qualidade, mas com “outro” atendimento) pagamos.
Se é mais direito do que negócio estou de acordo. Se deve ser só direito, já não concordo.
É também um dever. Sobre o qual ninguém fala.
E com D grande.
Parece-nos bem que, coitadinhas das crianças, comam açúcares e alimentos processados nas festas ou quando se portam bem (what!?).
Parece-nos bem bebés bem gordinhos… porque os que não são devem estar a comer poucas papas e por isso vamos forçar. E depois também nos parece bem ter acompanhamento na infância para tratar obesidade ou diabetes…
Parece-nos normal não incentivar a prática de desporto. Ou levar apenas as crianças a fazer (talvez porque todos os amigos fazem) mas sem terem um verdadeiro exemplo em casa.
Notem que não sou ligada à saúde e nem pretendo fazer uma dissertação sobre este assunto, mas há básicos que são um Dever se queremos criar e ajudar a formar adultos saudáveis. E se nós próprios o queremos ser.
É um Dever nosso educar na alimentação. É um Dever nosso educar em hábitos saudáveis. É um Dever nosso dar o exemplo.
E não, exceções que se abrem dia sim dia não, não são exceções. São a regra.
Por isso acho que bom bom era um partido que tivesse um claim mais do tipo “A saúde é um direito. Mas também é um dever. Por cuidados de saúde para todos comecemos com prevenção. Comecemos por realizar consultas de acompanhamento para educar bons hábitos. Continuemos a eliminar os alimentos processados das instituições ligaras à saúde é à educação. Comecemos a proibir açúcares e derivados nas escolas…”
A saúde é um direito. Mas acima de tudo o acesso à informação é um direito. E aqui reside a possibilidade de fazer escolhas acertadas. Para que a saúde também seja um Dever.