É bem verdade que trabalho há mais tempo do que frequentei “a escola”. Não vou para nova, como se diz.
Também é verdade que as miúdas andam nunca creche que não fecha, ainda que desacelere em agosto.
Mas aquela sensação de que em agosto o ano vira não me larga.
É bem verdade que na minha empresa o ano vira mesmo em setembro. E vamos correr para apanhar o comboio que nos possa faltar até ao final do ano.
Mas acho que isto assim é em qualquer uma com objetivos anuais.
E a sensação que falo em nada tem a ver com isso… é deixada pelo enraizado de anos em que parávamos em junho para as férias grandes que duravam até setembro.
Os meses de não fazer nada. Os meses de calor (sim, tinha dias bem quentes como os que tivemos este fim-de-semana… mas não em 3 dias… em semanas!). Os meses de deitar fora as coisas velhas da escola e comprar material novo. Os meses de escrever cartas aos amigos que não íamos ver. Os meses de ansiar pelo setembro para os voltar a ver.
Ainda que não passe 3 meses de verão a ver o trabalho passar… chega agosto e sinto como se um ciclo se quisesse fechar para outro arrancar logo de seguida.
É o síndrome das férias de verão… se bem que as minhas já foram, mas estou solidária, em sentimento, com os que estão ou vão.
Carreguem as pilhas para o novo ano. Que está já ali à porta.