Fui. Já queria há muito tempo ir. Mas entre as desculpas que damos a nós mesmos para não fazer certas coisas e… COVID… deixei passar.
Quando pensei em retiro. Quando decidi que queria experimentar. Quando desafiei uma amiga (a quem se juntaram mais 2). Só pensava em tempo para mim. Isso era na verdade o que queria. Ser um retiro era uma boa desculpa para dizer “vou ali passar o fim-de-semana sem a família”.
Se respondeu à minha necessidade? Médio.
Se foi uma experiência muito boa e a repetir? Sem dúvida.
Mas espera lá! Não estás a dizer que foi médio e afinal queres mais?
Sim. Porque o que precisava era de tempo para mim. Sozinha. Sem ouvir alguém a chamar e a pedir alguma coisa. Tempo esse que tenho a sorte de conseguir ter em largas horas de forma recorrente aos fins-de-semana. Mas o pacote completo, com noite, não tinha. Sem planos. Só para estar. Esse pacote não consegui. Senti que me faltou fechar o fim-de-semana com um par de horas onde apenas pudesse estar a contemplar o sossego que me ficou na alma. E no corpo.
Se quero repetir? Muito. Tenho vindo a praticar yoga. Mas este retiro teve meditação em movimento (como a Vera Simões descreveu o ashtanga yoga). E foi bom. Fiquei com vontade e iniciar esta prática e ver o que dá. Mexemos o corpo. Pensámos. Deixámos ir pensamentos. Aceitámos os que surgiram. Enfim. Um encontro comigo mesma.
No final do dia é isso que te recomendo. Procura estar contigo mesma. Perceber o que precisas para te sentires em equilíbrio. Por-te em primeiro. Sem prejudicar o outro, mas dando prioridade a esse equilíbrio que permite depois ouvir e estar realmente presente.