Eu antes e Eu depois

A propósito do novo desafio de 28 dias do CPPP, que começa no dia 5 de Fevereiro, fui desafiada a escrever não sobre o que consiste, o que nos traz de melhor e como me sinto bem depois de mudar a minha alimentação, mas sobre mim.

Como eu era antes de perceber que deveria mudar as minhas escolhas, antes de sentir o clique e passar a estar mais alerta e compreender a informação que o meu corpo me passa sobre como me comporto.

Por isso hoje páro para uma retrospetiva sobre o EU antes e o EU depois.

O EU antes de ser mãe, porque já escrevi (e tenho isso na bio) que foi esse o momento de viragem. E o EU depois de ser mãe, o EU hoje.

Não tenho uma história do “antes” diferente de tantas que se vivem na maioria das famílias. Não tenho uma história diferente de tantas que vivem tantas mulheres.

Entre a tentativa de praticar algum desporto e a (quase) garantia de que comia bem e fazia as escolhas certas: pão integral ou de cereais (fibra!), leite (para o cálcio é tãoooo importante… 🙄), carne ou peixe grelhados, umas barras de cereais (mais fibra) para os intervalos de lanche, muitas vezes só uma sopa ao jantar (e sem batata) porque não precisamos de comer muito mais, um chocolate aqui e ali (porque me dava a energia que precisava a meio de um dia de trabalho), uma sobremesa especial num jantar durante a semana, a excepção de uma batata frita de vez em quando ou um lanche ao fim de semana numa qualquer Padaria Portuguesa ou no Careca (ai! os croissants do careca! com aquela camadinha de açúcar…).

Um excesso de vez em quando nunca fez mal a ninguém… claro que o “de vez em quando” é relativo se for todas as semanas e não todos os semestres!

Nada mal. Ou aparentemente nada mal.

Se bem que o tal chocolate na verdade não me dava energia suficiente para me sentir bem, era uma coisa momentânea. E quando mais comia mais sentia necessidade de fazer aquela hora “coca-cola light” e comer mais um no dia seguinte… ou no mesmo dia.

O pequeno almoço era sempre reforçado a meio da manhã, com mais um lanche de pão integral com queijo fresco e leite com café. Invariavelmente tinha bastante fome ao almoço. Mas sempre ouvi dizer que devemos comer de 2 em 2 horas. Tudo bem, então.

E os jantares de sexta!

Esses belos jantares no “Fernando” com uma grelhada mista e secretos (e batata frita), sangria (de espumante claro!) e o “melhor bolo de chocolate” para sobremesa. Vale que era uma fatia para 6. Dá quase nada. Não admira que no ano em que casei tivesse estipulado um objetivo de peso (como qualquer noiva) mas tivesse ficado 4 kg acima. Confesso que sempre o achei irrealista. Não sei como depois de ter 2 filhas estou hoje 2 kg abaixo desse objetivo. Porque será?

E após o nascimento da big M? Aquele primeiro mês em que todas temos imensa fome porque estamos a amamentar! (isso!) Os lanches com um belo croissant com recheio de creme e pão e queijo… isto depois vai tudo! Afinal o gasto calórico é enorme!

Tudo normal. Sem grandes abusos. Com uma constante de peso que não descia nunca de um certo ponteiro da balança. Com uma barriga da avó Manuela e um rabo da avó Antónia. Mas todos sabemos que isso é genético.

Só que não!

O EU hoje sabe que não é assim. O EU hoje aprendeu a ler o sinais que o corpo lhe dá e sabe que, mesmo com farinha integral, se abusar no pão vai ficar com barriga de 3 meses.

O EU hoje sabe que para ficar saciada de manhã precisa de proteína. Quase sempre ovos. Quando põe pão, bolinho ou panquecas é por gula, ainda que sejam feitas por mim.

O EU hoje lê e percebe que o açúcar causa mesmo dependência. E não dá energia extra. Pelo menos energia duradoura. São picos momentâneos e voltamos a ficar cansados.

O EU hoje tem 2 filhas, a mais nova com 12 meses que acorda 3/4 vezes de noite e nem por isso deixa de ter energia para ir trabalhar e ser produtiva. Muito mais do que com apenas uma noite mal dormida em outros tempos.

O EU hoje tenta usar o máximo de produtos naturais porque se mesmo estes não sabemos o que têm então os processados ainda menos.

Hoje eu sou a chata de serviço. Que rouba os pacotes de açúcar aos colegas, que não deixa que as filhas comam bolacha Maria na escola, que escreve todas as semanas para mostrar como comer bem, sem açúcares, sem farinhas, é bom e saboroso. Mais: dá saúde e faz crescer. Da verdadeira.

Hoje eu consegui mandar às urtigas o rabo e a barriga das avós. Que se lixe a genética, ou a desculpa fácil!

E vocês? Qual o EU que querem ter?

2 Replies to “Eu antes e Eu depois”

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