Oiço muitas vezes que para comer de forma saudável se gasta muito dinheiro no supermercado. Depende. Eu já passei por isso: a mudança de comer menos bem para “melhor” passou por ir para os supermercados biológicos e fazer as compras todas lá… embalados e não embalados. Claro que assim fica difícil não aumentar a fatura.
Mas na verdade NÃO comer bem é que é caro: caro em saúde hoje e em saúde futura. A nossa e a dos nossos.
OK. Pronto, mas para não ser caro demora imenso tempo a preparar tudo, e ir às compras e escolher e ler rótulos… blá blá blá…
Sim, numa fase inicial, como em qualquer mudança, poderemos perder (eu gosto de dizer ganhar) tempo de planeamento para conseguir melhores escolhas e melhor custo.
Mas também aqui se voltarmos aos básicos (como referia aqui) tudo fica mais fácil. Como compravam os nossos pais a carne? Era só as pernas do frango ou vinha a galinha inteira (em alguns casos viva e tudo :)). E os preparados disto e daquilo? Se em vez de comprar uns douradinhos ou uma lasanha congelados (que já agora são muito menos interessantes), mas fizer eu tenho ganhos no custo e na qualidade dos alimentos. E voltar aos básicos também é não comprar certos alimentos apenas porque me dizem que são o super-alimento da moda. É comprar fruta local e da época e não carregar o carrinho com “manga de avião” em pleno inverno português.
Quanto ao tempo: é parar e planear. Investir tempo para ganhar tempo. Vou ligar o forno, o que posso fazer a mais? Como posso otimizar as compras e as rotas que faço? Cozinhar em dobro?
Cada família terá uma estratégia que melhor se adequa às suas necessidades. Mas ela existe.
Deixo de sugestão o Workshop temático 1 Galinha 3 Pratos. Em 2 horas 3 refeições e o aproveitamento de todo o animal. Tempo e custo.