BLW ou Baby Lead Weaning é a nova “moda” em que os bebés partilham as refeições com a família e são incentivados a pegar na comida e se “alimentarem” sozinhos com sólidos (após os 6 meses). Isto faz fugir a 7 pés de sopas e papas.
Antes de mais:
STOP e Disclamer: não sou, nem de perto, entendida no assunto. Não vou falar de técnicas nem de benefícos. Ou quando estão os bebés prontos. Nem das vantagens de uma coisa ou de outra… mas do que eu acho que é o maior perigo desta “moda”.
Não estou a falar de bebés que se engasgam… isso também acontece com papas e com o leite (seja de mama ou biberão).
Estou a falar do tipo de alimentação que oferecemos!
Se o principal mantra é “partilhar as refeições em família” ainda que com o cuidado de não colocar sal e evitar o açúcar… Se agora já não se espera 1 semana para introduzir novos alimentos e devemos aproveitar a janela imunológica dos 6-8 meses para introduzir tudo incluindo alergénicos (falem com os vosso pediatras que não sou especialista!)… Então, um bebé de 9 meses numa festa de aniversário em que há um croquete ou um bolo com “pouco açúcar” já pode comer tudo? Ou se os pais estão a almoçar fora e o mais velho come batata frita também pode, porque coitadinho está mesmo a pedir?
ERRADO! E este é, para mim, o maior perigo do BLW. Começar, ainda mais cedo, a permitir comer do “mau”. Ensinar o palato a gostar de coisas “que fazem a barriga triste”, como diria a sabia da big M (apesar dela não dispensar uma batata frita! 😐).
Se hoje se assiste, na maioria das famílias, a crianças que até aos 12 meses comeram bem, mas quando dão o “salto” para partilhar as refeições da família passaram a comer menos bem… ao invés de toda a família ter acompanhado o “saudável”, pior estaremos numa situação em que se pode dar da nossa comida ao bebé desde sempre. E ainda mais difícil vai ser explicar aquela tia, avó (não nos podemos queixar das nossas que respeitam!) ou amiga que não queremos dar determinado alimento ao bebé.
Usar a desculpa “ainda não comeu x” é óptimo para fugir quando alguém quer oferecer um alimento ao bebé. E acreditem que já tive de o fazer quando a baby M ainda nem comia e com uma pessoa que trabalha com crianças! Confesso que me assustei…
Como já falei noutros posts, cá em casa a mudança aconteceu, de forma natural, para todos comermos melhor depois da big M nascer. Claro que fazemos “asneiras” mas passaram a ser a excepção e não a regra.
De forma muito natural faz sentido a baby M partilhar as nossas refeições apesar de estar sempre a pensar se ela pode ou não (teoricamente pode quase tudo!) e se está “temperado” de acordo com as recomendações para um bebé.
Quando pensei no queria partilhar esta semana, e considerando o que estamos a viver cá em casa, foi exactamente este tema porque, aproveitado o “Como começar?”, para quem tem bebés pequenos e anda nas voltas da introdução alimentar, ou mesmo mais crescidos mas que não gostam de brócolos por exemplo, é no “exemplo” dos pais e no dia-a-dia da família que nascem e se constroem os bons hábitos alimentares.
Aproveitem para construir caminhos sólidos para toda a família!
Boas refeições!
[…] escrevi aqui, com a baby M decidimos uma “nova” abordagem na introdução alimentar. A experiência […]
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