Outono

É verdade que o outono já cá anda há bem mais de um mês… e, na verdade, está quase a dizer-nos Adeus (sei que ainda falta, mas até ao natal é sempre um pulinho). Este ano, como até tem sido nos últimos (infelizmente) já não sentimos o outono da mesma forma que o sentíamos quando éramos miúdos. Afinal há “verão” até ao verão de São Martinho. Chuva quase que nem vê-la e o frio parece que é muito, mas apenas teve uma quebra grande. As temperaturas continuam bem amenas. Não de verão claro…

E agora estão a pensar mas porque raio está esta gaja a escrever sobre o outono? Fácil: porque acho que é das estações em que me sinto mais cansada. Com menos energia. Começa a haver menos sol durante o dia, passamos a sair do trabalho e a ir buscar as crianças já de noite e esta falta de vitamina D causa mesmo mais cansaço.

Claro que há coisas muito boas no outono. A primeira que me vem à cabeça são as castanhas assadas, que adoro. Os dióspiro. Os filmes no sábado à tarde com uma manta nas pernas… hummm… afinal já não sei o que isso é há muito tempo. 🙂 Mas não deixo de adorar. O aniversário da big M. Foi a meio de um outono que me tornei mãe pela primeira vez. É importante, claro!

Mas tenho, e sempre tive, a sensação que é das estações que passa mais a correr. Talvez por esta falta de energia e pelos dias mais curtos. Pelos recomeços de rotinas em que fico sempre a olhar para o calendário e a pensar “já estamos a meio de novembro? como pode?”.

Um fator fundamental para termos mais energia é o que comemos. Como já escrevi não sou nutricionista, apenas aprendi a reconhecer o que me faz sentir melhor. O que me dá mais energia. O que me satisfaz em momentos de “gula”.

Quando paro para pensar percebo que, depois de todas as mudanças que temos vindo a fazer, este ano não ando com os habituais anseios por cozinhar bolos, bolinhos e bolachinhas, como era habitual acontecer nesta altura do ano.

O que é que isto me diz?

Por um lado que se calhar a falta de tempo também se resume a menos “anseios”. Mas na verdade acredito mais na outra hipótese: a redução de cereais, as alternativas que usamos muito mais vezes (por ex.: com base em farinha de amêndoa) levam a que o meu corpo não peça tantas vezes hidratos, e hidratos que se traduzem em bolos, bolinhos e bolachinhas.

E no final deste caminho do outono, que vai passar muito rápido, chega o natal. Aquele momento em que todos acham que não faz mal comer só este docinho (na verdade comer até não caber mais) porque depois em janeiro começa uma vida nova.

Não é minha a frase, mas é bem sábia “o problema não está no que comemos entre o natal e o ano novo, mas entre o ano novo e o natal”. E em vez de pensar que vamos mudar a 1/janeiro e que tudo passará a ser melhor e diferente, que tal começar já? Ganhamos mais energia para estes dias curtos, conseguimos pensar em alternativas mais saudáveis para as épocas festivas e antecipamos os objectivos que, na verdade, atrasamos todos os anos.

Posto isto, vou só ali fazer a ementa para a grande festa (ou festas) da big M. O momento em que me vou fechar na cozinha e enjoar de tanto preparar bolos, bolinhos, bolachinhas e outros afins. Depois só no natal. Mas tudo do bom, claro!

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