Os segundos filhos são (entre muitas outras coisas) uma segunda oportunidade para os pais fazerem diferente. Para fazerem melhor. Para desfrutarem mais.
Quem diz que os segundos filhos têm se de desenrascar mais e nunca têm toda a atenção, esquece (ou faz esquecer) que o que têm tem quase sempre muito mais qualidade.
Um destes dias “esbarrei” com um vídeo onde tento dar sopa à big M. Ela teria uns 13 meses. Não é um momento feliz…
Fiquei triste ao ver o relato da minha própria pessoa e ao pensar que não lhe dei a oportunidade que tenho dado à baby M de dizer se quer ou não quer. De respeitar o bebé.
Lembrava-me bem de como tinha sido um desespero dar sopa à big M. De como ela chorava que não queria. De ter de ser eu a ir à creche. De ela ter tido uma paragem de digestão no primeiro dia que comeu o almoço na escola. Tal deve ter sido a choradeira…
Usava a chucha para a enganar, nunca lhe dava mama antes… ainda que fossem as instruções da pediatra não fazem qualquer sentido.
Do mal o menos… consegui melhorar neste aspecto.
Na verdade a lembrança destes episódios foi o que me levou a querer experimentar BLW com a baby M. A descontrair. A deixar que fosse ela a decidir se queria ou não comer.
Sinto que temos estado a fazer um óptimo trabalho quando a vejo, com 12 meses, a comer sopa sozinha. A saborear a comida. A ter realmente prazer com as refeições. Verdade que a big M começou a comer sólidos “cedo” e tinha esta mesma liberdade e prazer. Mas o início não foi fácil.
Depois de ver este vídeo não deixei de me sentir triste. Porque na verdade pedimos sempre mais ao mais velho. Exigimos. Colocamos regras. O segundo não é um coitadinho. É um sortudo! Que com 12 meses já dormiu mais vezes na cama dos pais do que a big M dormiu com 4 anos.