As férias com os miúdos são para lá de cansativas. E não precisamos fingir que são rosas.
Levamos o ano a correr. Com pouco tempo de qualidade em família. Claro que nas férias, junto dos pais, seu porto seguro, os miúdos fazem tudo e mais alguma coisa.
Seja a birra de cansaço. Seja a brincadeira que nos incomoda a nós adultos, mas que é a maior farra para eles. Porque perto dos pais são mais autênticos. São mais “crianças”. São mais eles sem as regras do colégio.
Mas cansa. Claro que cansa.
Ser a única família num restaurante que parece que vai “partir” tudo.
Não fazer uma refeição sem que um, ou todos, precisem muito muito se ir à casa de banho.
Chamar mil vezes para o banho. Pedir mil e uma que desliguem a tv para sair de casa. E outras mil que parem de chatear o irmão/irmã.
Mas isto é ser uma família. E uma família normal.
Que me perdoem os mais sensíveis mas para mim não é normal estar uma família sossegada à mesa com os miúdos enfiados num telemóvel, tablet ou outro aparelho electrónico. Em nome da “paz” vai-se a autenticidade e a partilha. As conversas. O momento. O estar.
Ainda assim declaro que preciso de umas férias das férias.