Quanto mais os anos passam mais acho que o setembro é louco e descontrolado. Ou será que somos nós que ficamos loucos e descontrolados com o final das férias de verão e e retomar das rotinas, entretanto esquecidas…
Há dias dizia a um colega de trabalho “não me leves a mal, mas “volta covid”!” (e para que não haja mal entendidos claro que não quero covid de volta, até porque olho para os últimos 2 anos e tenho a sensação que vivemos partes de um filme de muito mau gosto). Mas parece que não aprendemos nada.
Em Lisboa o trânsito está igual, ou pior, ao tempo antes da pandemia. Com a agravante que tivemos de nos adaptar e testar novos modelos de trabalho, estamos a viver uma crise energética, inflação a disparar, mas fazemos (quase) tudo como fazíamos antes.
Perde-se o tempo para estar. Só e com a família. Gasta-se o tempo no trânsito em idas e voltas ao escritório. A paciência vai vazando… A empatia esmorecendo. E o mau humor, principalmente em casa, aperta.
A boa notícia? Já passou. E por aqui sobrevivemos a mais um arranque de ano lectivo. Já sinto falta das manhãs claras cedo. Agora é noite e já estou de pé há quase 3 horas. Começo a encarar os finais de dia e os TPCs da mais velha com mais calma. Se eu não a tiver eles não a terão com certeza. E seguimos juntos. Numa tentativa de viver cada dia de forma presente e intensa. Sem ansiar pelo próximo verão. Que chegue a seu tempo para termos mais tempo para viver.